1. |
Ouve o Meu Canto
03:49
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Ouve o meu canto bae
É tão bom ver-te aqui
É tão olhar-te nos olhos
Esses lindos meteoros
Que me atingem sem fim
A tua voz embala a tristeza que há em ti
E não há melhor que pegar na tua mãe
E tentar dançar contigo esta canção
E ficar refém do ritmo
Espera (conta-me o que tens passado, o que te preenche os dias)
Algo está errado (no balcão deste bar) (se sentires algum enfado)
Com quem é que eu estou a falar? (podemos falar das tuas fantasias)
Será que estou a sonhar? (à espera de notícias tuas)
Ou estou apenas enrolado? (há muito que espero por ti)
(No balcão deste bar?)
Serei mais um bêbado num bar? (No balcão deste bar?)
Serei mais um bêbado num bar? (No balcão deste bar?)
Anda cá meu bae
Não te esqueças de mim
Conta-me aquela história
Da qual me falha a memória
De quando me viste aqui
Quando me olhaste nos olhos
E a minha voz te embalou
Começamos a dançar, havia confettis pelo ar
E tu tinhas encontrado o que procuravas
E ficamos reféns do ritmo
E ficamos reféns do ritmo
E ficamos reféns do ritmo
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2. |
Quem Canta
03:39
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Sei que já não podes mais, meu bem
Sei que a ânsia aperta em ti e tem
Feito com que não consigas dormir
O corpo a resistir à cura que está por aí
Veste o teu novo griff, ta-se bem
Suave, acaricia a pele que tens
Quando estiveres triste podes sempre cantar
Parvo é aquele que desiste sem sequer tentar
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Hey felina, sabes quantas vidas tens?
Dá um passo em frente e tenta as seis
Se tudo correr mal podes sempre pôr-te a cantar
Cá em baixo eu espero para te acompanhar
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
Quem canta seus males espanta
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3. |
Onde Estás Agora?
04:18
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Onde eu vou tu não estás para mim
Onde eu estou ouço a tua voz assim
Um tom doce e leve
Que me vai levar
Á mais pura loucura
Num mar de vermelho vens assim
Devagar espalhas o teu dom de perlimpimpim
E quando o teu feitiço acaba eu continuo aqui
Sozinho em pó, sedento e fraco por ti
Onde estás agora?
E quando dás o mote para te encontrar
Sinto-me como da primeira vez
Os pulmões com falta de ar
A minha pele entregue às tuas mercês
Onde estás agora?
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4. |
Chronos
04:33
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Vi tanto mar e chego com tantas histórias para contar
Milhares de gerações adentro
É aqui que vou ficar
Vi tanto mar e chego com tantas histórias para contar
Milhares de gerações adentro
Eu vi do que são capazes os homens e as mulheres
Pela fome e pelo sexo
Pele, carne e osso
Consumidos pelo seu próprio reflexo
E por agora repouso o pescoço
É aqui que vou ficar
Minha sina é continuar
Sobre pedra e tempestade avançar
Contra a minha vontade eu vou assistir
Ao vosso fim
Mas podem crer é mais fácil para vocês
Do que é para mim
E se um dia puderem entender
O quão insignificante é o ser
Talvez comecem a beijar
Pousem as armas e a inveja
Bebam das tramas como se fossem cerveja
Pousem as armas e a inveja
Bebam das tramas como se fossem cerveja
Pousem as armas e a inveja
Bebam das tramas como se fossem cerveja
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5. |
Dois Centavos
04:00
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Despropositado e mal arranjado
É o teu plano para mim
Nunca imaginei ser querido assim
E quando fores embora
Não deixes a porta aberta
Quando fores embora
Parte para parte incerta
Porque é que me esqueço de estar assim
A sós enfim, entregue a mim
Sem a ânsia de perder
Algo que possa acontecer
E se tivesse dois centavos
Por cada engano
Não faria o esforço
Nem sequer traçava o esboço
Mas é a minha moção final
Para apelar a coisa certa
Mais depressa como o caroço
Do que parto à tua descoberta
Porque é que me esqueço de estar assim
A sós enfim, entregue a mim
Sem a ânsia de perder
Algo que possa acontecer
Porque é que me esqueço de estar assim
A sós enfim, entregue a mim
Sem a ânsia de perder
Algo que possa acontecer
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6. |
Telhados
04:23
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Ai como é tão fácil dizer
“Estou tão bem, não quero saber”
Enquanto cuspo para o lado
E partilho o meu fado
Numa história para inglês ver
Conto as tuas pedras de par em par
Enquanto olhas para os meus telhados
São de vidro a brilhar
E clamam pelos teus enfados
Subestimo a importância das coisas
Enquanto invejo um outro qualquer
Visto-me de galifão
Venha a mim quem quiser
Vou embora, só volto quando puder
Conto as tuas pedras de par em par
Enquanto olhas para os meus telhados
São de vidro a brilhar
E clamam pelos teus enfados
Conto as tuas pedras de par em par
Enquanto olhas para os meus telhados
São de vidro a brilhar
E clamam pelos teus enfados
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7. |
Mil Amores
04:47
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E quando eu me for
Quero que pintem o meu corpo às cores
Não me mexo, não me sinto
Estou preso a este recinto
E vou ficar aqui, imóvel e caqui
Até me voltar a sentir em paz
Amanheço e pressinto
Que o preço é faminto
De lágrimas e dor
O fim é uma flor que demora a desabrochar
E quando eu me for
Quero que pintem o meu corpo às cores
Para me desfazer múltiplo
Pela primeira vez em mil amores
Bem lá fora raia a luz
Mas no meu quarto só há o agora
E pregados à cruz
Os sonhos que eu supus
Terei que de novo adiar
E quando eu me for
Quero que pintem o meu corpo às cores
Para me desfazer múltiplo
Pela primeira vez em mil amores
E quando eu me for
Quero que pintem o meu corpo às cores
Para me desfazer múltiplo
Pela primeira vez em mil amores
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8. |
Flauta
03:27
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Tudo se resolve
Em água se dissolve
Toma o comprimido
Vida em prescrição
Olha o Sol como brilha que manhã tao bonita
O cheiro nos lençóis convida a ficar um pouco
A tarde virá para ti
Ficas bem assim
As horas não são o fim
Ficas bem assim rapaz
A tua lábia é mordaz
Porque tens que ir
Tu ficas
Suplicas
Não te questiones
Não te compares
Nem te impressiones
Se te estimares
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9. |
Cobra Que Assobia
03:01
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Uma cobra assobia ao meu passar
Uma cobra assobia
Uma cobra assobia ao meu passar
Pudesse o que eu faria para a domar
Passo todo o dia a sonhar
Com a cobra que assobia ao meu passar
Passo todo o dia a sonhar
Com a cobra que assobia ao meu passar
Quero pôr-lhe a mão, mas nem vou tentar
É rápido o veneno com que me quer matar
Quero pôr-lhe a mão, mas nem vou tentar
É rápido o veneno com que me quer matar
Uma cobra assobia ao meu passar
Uma cobra assobia
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10. |
Estorvo
04:39
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Estorvo
Tenho tanto a dizer
Tantos sítios para estar
Mil frutos a colher
Dos projetos vou lançar
Vai ser tão bom
Pego no papel e desfaço-o
Cerro os maxilares como aço
E lembro-me da nova série que sou fã
Enrolo o meu ócio no divã
Esqueço as minhas resoluções de ano novo
Abdico dos ideais para revolucionar o meu povo
E assumo-me como sou: um estorvo
É assim que estou bem
A deixar para amanhã
O que posso fazer hoje
O que posso fazer nunca
O que posso fazer contra mim
Aspiro a ser grande, enfio-me no bolso
Planeio deixar obra, não começo o esboço
Invento teorias que não sei concretizar
Sonho com a fama e novas formas de amar
Mas estou tão esgotado que só me deixo ficar
Preencho o vazio com comiseração
Corro quilómetros sem tirar os pés do chão
(Assumo a posição)
É desta que crio a minha obra-prima
É desta que orgulho a quem me tem estima
(Mas que confusão)
Depressa me esqueço da ideia original
Contemplo o fiasco do meu esforço banal
E canto para o nada que em mim se instalou
Se alguém bater à porta, diz que não estou
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11. |
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12. |
Ai, Meu!
03:58
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Sabes porque é que corres para todo o lado
E vives com esse circo montado?
Atiras-te ao trabalho que é o alvo e tu o dado
A procura pelo fim do calendário anunciado
Ai não tenho uma reunião, às 4, às 5 e às 6
Depois uma leitura dos meus novos papéis
Um jantar da nova associação que criei
Sabes? Aquela que luta contra o ban ao pirate bay
Ai meu, que fazes hoje à noite?
Bora beber um copo?
Há um bar onde trabalha uma tipa que eu topo
E o tédio lá em casa é pior que um açoite
E se fosses à merda
Ou então para o caralho
Segue o meu conselho
Eu conheço um atalho
Sabes porque é que corres para todo o lado
E vives com essa ânsia total?
Evitas o espelho e a autorreflexão
E foges à tua pele como um anormal?
Ai não!
Fico ofendida com esse tipo de comentários
Vou ler esta nota repetida nos meus diários
E porque isto é tudo sobre mim
E eu tenho demasiado investido nas coisas assim
O quê meu? Ainda não viste aquele filme
O remake daquele outro
Que é baseado num livro ancestral
Relata a vida de uma pessoa normal,
Com sonhos normais e dramas reais?
E se fossemos àquela exposição que aborda a experiência como um todo
E depois à palestra sobre o que o Ghandi comia ao almoço
E depois corrêssemos para enfiar uma moca no pescoço
Enquanto fazemos networking, outsourcing, full-fisting e couchsurfing?
Pois é meus filhos
Vocês estão todos deprimidos
Encharcados em agonia e comprimidos
É uma forma de evitar a dor nos ouvidos
Aquela que aponta para os vossos pulsos escarlate
E coloca o fim rubro no chão em mate
Mas não dramatizemos, está tudo bem
Isto é só uma fase
O tédio vai embora, se calhar num trém para o Cacém
As vozes vão calar-se
E logo, logo a gente já pode sorrir
Preencher-nos com ações que asseguram a nossa existência
E mentindo à realidade
Pois é meus filhos, é assim
É assim, mas vamos indo
O que importa é saúde
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Raimundo Lisbon, Portugal
Raimundo estreia-se a solo com projeto em nome próprio, apresentando uma dúzia de malhas que navegam
o seu universo
musical, pela primeira vez, em português. Ao folclore tradicional, juntam-se os samples, o 2
step, o garage e o drum n bass, numa serie de canções inteiramente compostas, misturadas e produzidas
pelo próprio.
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